Raúl Rego, Os políticos e o poder económico, Ed. de autor, 1969. (32pp)
[bom estado, assinatura]
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Sinopse: Escreveu então Raul Rego que no século XIX e nas primeiras quatro décadas do século XX homens nascidos ricos ou que enriqueceram pela sua profissão, ao entregarem-se à política para prestarem um serviço público ficaram mais pobres do que quando entraram "morrendo de mãos limpas" como ele disse. Era norma que, após terminar um serviço prestado ao estado, voltassem para as suas profissões anteriores. "A interpenetração económica e política não era a regra.".
Mais adiante, afirmava aquele socialista, que "em nossos dias, encontramos antigos governantes em numerosas empresas, das mais poderosas e rendosas…" (p. 22). E, mais adiante,"… e assistimos às nomeações ou eleições para as companhias. Para estas passou como que a ser ponto de honra o ter um antigo governante nos seus corpos gerentes.". Referindo-se à competência técnica afirmava ainda que "… na maior parte das vezes, esses homens não entram em conselhos de administração pela sua competência técnica. E basta ver-se como passam de uma companhia para outras, de actividades completamente diferentes, para se saber que a capacidade que os move é sempre a mesma…" (p. 22). Poderíamos continuar a citar Raul Rego pois teríamos muito por onde escolher. Ao longo do texto menciona um rol de nomes de governantes da época que se encontravam nestas circunstâncias.
Verificamos que nas últimas décadas pós 25 de abril a referida situação piorou. Proliferam senhores, alguns sem profissão, que se introduziram na política para benefício próprio ou que se tornaram clientes de partidos apenas com objetivos pessoais. Outros que tendo uma profissão a ela já não regressaram após o cumprimento de mandatos. Há ainda os que são colocados em empresas, ou que, apesar de comprovada incompetência, vão ocupar cargos de maior responsabilidade no aparelho do estado ou em empresas privadas que irão ficar em situação privilegiadas face ao estado. [Fonte]
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