Honoré de Balzac, A Comédia Humana: Eugénia Grandet, Lisboa, Portugália, 1965.
Sinopse: Esta obra pertence à terceira fase de criação do romancista, de 1842 a 1850, fase de unificação do seu universo literário sob o título geral de
La Comédie humaine (
A comédia humana), alusivo à
Divina Comédia de Dante. A idéia de agrupar num todo a extensa obra narrativa, sob um só título genérico, levou tempo para ser posta em prática, embora fosse antiga nas cogitações do escritor. A primeira edição da Comédia humana, com o título escolhido por Balzac em 1842, começou a ser publicada, nesse mesmo ano, em 17 volumes.
Em 1845, para a segunda edição, foi adotado o plano, seguido pelas edições mais modernas. Nele, o agrupamento das obras obedece ao seguinte esquema: (1) Estudos de costumes no século XIX: (a) cenas da vida privada; (b) cenas da vida de província; (c) cenas da vida parisiense; (d) cenas da vida política; (e) cenas da vida militar; (f) cenas da vida rural. (2) Estudos filosóficos. (3) Estudos analíticos.
Através dos vários romances da Comédia humana, conforme o rumo adotado desde Le Père Goriot, os personagens -- mais de dois mil ao todo -- aparecem e reaparecem segundo os vários níveis de suas vidas, num percurso contínuo que cobre todas as áreas sociais. A idéia central é que o dinheiro é o móvel fundamental da vida humana, sobrepondo-se sua busca a quaisquer outros interesses, sejam políticos, religiosos ou familiares.
Induzido pela voga científica da época, Balzac pretendeu aplicar às descrições de pessoas, com seus hábitos e sentimentos, seus ideais e paixões, o mesmo espírito analítico com que os cientistas descreviam os animais e as plantas. Foi o primeiro a reunir num ciclo de romances o estudo da vida social inteira, processo que seria seguido, entre outros, por Zola. [
Fonte]
Preço: **Indisponível**