Ferreira de Castro - A lã e a neve
11.ª ed., Guimarães, s/d. 413 pp.
[assinatura de posse, ligeiras marcas de manuseamento na capa, miolo limpo]
Indisponível
A Lã e a Neve, ao relatar a proletarização nas fábricas têxteis da Covilhã de Horácio, um pastor da serra da Estrela que pretendeu melhorar a vida, após ter tomado contacto com outras realidades durante o serviço militar, entusiasmou muitos dos neo-realistas. Era aliás citado por Álvaro Cunhal, no célebre artigo «Cinco notas sobre forma e conteúdo» (1955), dando-o como exemplo literário de «arte ascendente», ao lado de Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes e de Fanga, de Alves Redol. (3) Exemplo, aliás, repetido no seu ultimo ensaio, A Arte, o Artista e a Sociedade (4)." [Fonte]
"A Lã e a Neve é, depois de A Selva,
o mais traduzido romance do autor. Esta vem na sequência de outras
publicadas também no Bloco de Leste, como as duas nas línguas da
Checoslováquia e na Hungria, aqui com vária edições. Mas surge também
após a edição no Brasil, na Editorial Vitória, editora do PCB, na
colecção «Romances do Povo», dirigida por Jorge Amado.
Amigos
muito chegados desde a primeira metade da década de 30, cuja amizade
assistiu a curiosos episódios durante o Estado Novo, estando o autor de Jubiabá proibido de entrar em Portugal durante longos anos, não importou muito ao brasileiro que A Lã e a Neve
pouco tivesse que ver com os cânones do realismo socialista -- ou neo
realismo, entre nós --, dado o posicionamento anarquista que sempre foi o
do escritor português. Este era o romance de Ferreira de Castro
preferido por Jorge Amado (1) e o seu objectivo, conforme contou na
longa entrevista a Alice Raillard, era o de «dar uma visão da literatura
dos países socialistas, da literatura progressista, mas não
obrigatoriamente a do Partido.» (2)A Lã e a Neve, ao relatar a proletarização nas fábricas têxteis da Covilhã de Horácio, um pastor da serra da Estrela que pretendeu melhorar a vida, após ter tomado contacto com outras realidades durante o serviço militar, entusiasmou muitos dos neo-realistas. Era aliás citado por Álvaro Cunhal, no célebre artigo «Cinco notas sobre forma e conteúdo» (1955), dando-o como exemplo literário de «arte ascendente», ao lado de Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes e de Fanga, de Alves Redol. (3) Exemplo, aliás, repetido no seu ultimo ensaio, A Arte, o Artista e a Sociedade (4)." [Fonte]
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