Frantz Fanon - Os condenados da terra
2.ª ed., Letra Livre, 2021. 348pp.
Tradução de António Massano. Prefácio de Inocência Mata.
Extra texto de Mário Pinto de Andrade.
Revisão de Andreia Baleiras.
[novo]
«Hoje, a independência nacional, a formação nacional nas regiões subdesenvolvidas revestem aspectos totalmente novos. Nessas regiões, exceptuando algumas realizações espectaculares, os diferentes países apresentam a mesma ausência de infra-estrutura. As massas lutam contra a mesma miséria, debatem-se com os mesmos gestos e desenham com os seus estômagos encolhidos aquilo a que se passou a chamar a geografia da fome. Mundo subdesenvolvido, mundo de miséria e desumano. Mas também mundo sem médicos, sem engenheiros e sem administradores. Perante tal mundo, as nações europeias chafurdam na mais ostensiva das opulências. Essa opulência europeia é literalmente escandalosa porque foi construída à custa dos escravos, alimentou-se do sangue dos escravos, vem directamente do solo e do subsolo desse mundo subdesenvolvido. O bem-estar e o progresso da Europa foram construídos com o suor e os cadáveres dos negros, dos árabes, dos indianos e dos amarelos. Isso, decidimos nunca mais o esquecer.»
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