Apoio ao trabalho sanitário dos movimentos de libertação - Samora Machel
[folheto clandestino com missiva de Samora Machel datada de Novembro de 1971, onde este denuncia o problema sanitário que afecta o povo Moçambicano]
"As mulheres e as crianças são as mais afectadas por estas carências. A esta situação catastrófica é necessário juntar os efeitos desastrosos dos gases tóxicos lançados pelos colonialistas sobre os campos cultivados. Pelo que foi dito, percebe-se que é toda a vida de um povo em guerra contra uma ocupação bárbara do colonialismo, lutando no meio de dificuldades enormes, trabalhando na reconstrução de uma vida nova nas zonas libertadas.
Hoje o problema sanitário não se situa ao nível da remuneração dos médicos nem ao nível das instalações hospitalares. O fundo do problema da saúde em África encontra-se na própria concepção da Medicina: trata-se de saber quais são os interesses que essa Medicina deve servir, os das minorias coloniais ou o das massas aficanas, e torna-se evidente que não há nenhuma solução possível do lado colonial, porque o problema da assistência médica se resume à concepção do papel do homem na sociedade.
Um povo que oprime outro povo não pode ser livre
O esforço de libertação de um povo passa pelo apoio efectivo aos outros povos que lutam e constroem uma sociedade nova."
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